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Por dentro do CSL 2020

Colégio São Luís promove renovações para modernizar suas práticas pedagógicas e enriquecer o processo de aprendizagem dos alunos

Faz parte da tradição da Companhia de Jesus buscar continuamente meios e métodos que fortaleçam seu apostolado educativo. Em 2016, na mais recente proposta de renovação pedagógica da Companhia, foi publicado o Projeto Educativo Comum (PEC) da Rede Jesuíta de Educação – RJE, documento que orienta a revisão dos currículos das escolas da rede em todo o Brasil. Desde então, o Colégio São Luís vem implementando melhorias gradativas em diferentes setores da escola, buscando responder aos desafios trazidos pelas constantes mudanças da sociedade e da tecnologia e seus impactos no processo de ensino-aprendizagem.

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O conjunto de inovações em curso constitui a base do CSL 2020, projeto que reúne iniciativas relacionadas a Práticas Pedagógicas com foco em inovação, ao Desenvolvimento Institucional, entre outras áreas. Todo o processo de renovação é sustentado por Grupos de Trabalho compostos por profissionais docentes e não docentes dos segmentos pedagógicos e setores administrativos. A primeira fase do projeto, prevista para se encerrar em 2020, se divide em seis etapas: 2015-2017, ajustes de organização e estrutura; 2016, revisão dos planos curriculares/conteúdos; 2017, implantação dos planos curriculares e capacitação dos professores; 2017-2019, elaboração da matriz de competências e habilidades; 2018, organização da grade curricular; 2020, implantação do currículo integral, em tempo integral. “Um processo de inovação não começa do zero e não substitui por algum modismo tudo o que já foi feito e que dá bom resultado”, esclarece Sônia Magalhães, Diretora-Geral e Acadêmica do Colégio São Luís.

Essência preservada

Sônia Magalhães também explica que a inovação em curso no CSL é, em sua maior parte, metodológica. “Inovação metodológica significa trazer para a nossa realidade ferramentas que dinamizem o trabalho desenvolvido e que sejam mais adequadas ao ensino-aprendizagem de um aluno que hoje é mais ativo e interativo, tornando o aprendizado mais interessante e significativo para ele”, diz.

Um processo de inovação não começa do zero e n”ao substitui por algum modismo tudo o que já foi feito e que dá bom resultado

Prof.ª Sônia Magalhães, Diretora-Geral e Acadêmica

Portanto, a essência da proposta educativa do Colégio São Luís, centrada na formação do aluno em todas as suas dimensões (afetiva, espiritual, ética, estética, cognitiva, corporal e sociopolítica), permanecerá inalterada.

Revisão da Matriz Curricular

O trabalho de revisão da matriz curricular do CSL foi pautado nas sete macrocompetências que desejamos desenvolver em nossos alunos: saberes culturais, comunicativa, lógico-analítica, cultura digital, colaborativa, político-social e intrapessoal. O mapa de competências será adaptado à carga horária de tempo integral e acrescido de componentes que tornam a formação dos alunos mais consistente e sintonizada com as exigências da sociedade contemporânea.

Adoção de metodologias ativas

As chamadas Metodologias Ativas têm por objetivo tornar o estudante mais envolvido no processo de aprendizagem. Esses métodos preconizam uma construção coletiva do saber, que leva em conta tanto os conhecimentos do professor quanto os do aluno, adquiridos dentro e/ ou fora da escola.

Conheça algumas metodologias ativas utilizadas pelo Colégio São Luís:

ENSINO HÍBRIDO
Mescla metodológica entre o ensino presencial e o virtual, o Ensino Híbrido é uma tendência seguida por muitos países e bastante disseminada no Ensino Superior no Brasil.  No CSL, a maior parte da carga horária de aulas é presencial, mas os alunos podem recorrer a plataformas virtuais para acessar exercícios e videoaulas que complementam o que foi ensinado em sala pelo professor. As ferramentas virtuais possibilitam que cada aluno aprenda no seu ritmo e apresentam formatos variados para um mesmo conteúdo. Ambos os fatores colaboram para uma melhor aprendizagem.

AULA INVERTIDA
Compreendida erroneamente como uma troca de papéis entre aluno e professor, a aula invertida é um modelo mais interativo, em que os estudantes compartilham ativamente seus conhecimentos em sala de aula e aumentam sua participação e engajamento no processo de aprendizagem. A metodologia vai ao encontro do pressuposto da Pedagogia Inaciana de que confrontar conhecimentos novos com os já adquiridos permite uma compreensão mais aprofundada de um assunto, pois estimula o aluno a fazer análises e comparações com mais embasamento. O professor atua como mediador nesse processo, ajudando os estudantes a fazer uma boa síntese do conteúdo trabalhado.

PBL – PROBLEM BASED LEARNING
Bastante conhecido, o PBL (ou Aprendizagem Baseada em Problemas) é uma metodologia que se alinha ao entendimento do CSL de que os jovens têm um potencial de investigação e curiosidade que deve ser desenvolvido. Diferente da problematização, que leva os alunos a uma série de exercícios de pesquisa e raciocínio que não resultam necessariamente em uma aplicação prática, a Aprendizagem Baseada em Projetos é um trabalho mais complexo. A partir de uma situação-problema criada sobre um tema de interesse dos estudantes, eles devem articular soluções correlacionando conteúdos de várias áreas do conhecimento, sempre com a orientação dos professores. Como representação do caminho percorrido e da conclusão obtida, devem confeccionar um produto a ser apresentado ao fim do processo.

Sistema de avaliação

É fundamental entender as avaliações como qualificadoras não apenas do aprendizado, mas também do ensino. Ambos fazem parte do caminho pedagógico percorrido por professores e alunos.

“Com a atualização das práticas pedagógicas, marcada principalmente pelo uso de metodologias ativas, os instrumentos tradicionais de avaliação não desaparecem, mas mudam de foco e de forma de elaboração. A avaliação deixa de ser um momento isolado do processo de ensino-aprendizagem e passa a se integrar a ele, de modo que o aluno seja capaz de contextualizar, refletir e compreender em profundidade o conteúdo estudado, em vez de somente memorizar informações”, afirma Sônia.

Abordagem internacional

A partir de 2020, o Colégio São Luís oferecerá aos estudantes do Ensino Médio o programa IB – International Baccalaureate. Desenvolvido pelo IBO (International Baccalaureate Organization), o IB é um programa internacional de certificação com foco na formação de um cidadão para o mundo, que tenha um pensamento crítico tanto da sua cultura quanto de outras.

Com a implantação do IB, o Colégio São Luís, que já pertence a uma rede com mais de 800 escolas e 186 universidades jesuítas em todo o mundo, passa a ser uma escola de abordagem internacional. Mais de 4 mil universidades do mundo, inclusive brasileiras, aceitam o certificado IB como forma de ingresso.

“O currículo IB prepara os alunos não apenas para estudar em universidades de todo o mundo, mas para ter uma visão global da vida e da realidade, o que coincide com o propósito da Companhia de Jesus de formar cidadãos conscientes e com perspectiva global”, reforça a Diretora-Geral e Acadêmica do CSL.

O programa IB que será adotado inicialmente pelo Colégio é o Diploma, lecionado em inglês e aplicado como complemento ao currículo brasileiro. No Diploma existem três cursos obrigatórios: TOK (Theory of Knowledge), que prepara o jovem para entender o que é o conhecimento e sua função social; CAS (Creativity, activity, service), programa de voluntariado e imersão em situações de serviço; e EE (Extended Essay), trabalho de investigação interdisciplinar apresentado como conclusão de curso. As demais disciplinas serão divulgadas tão logo comecemos a informar as famílias sobre o IB.

“Além de desenvolver uma grande fluência na língua inglesa, o estudante terá contato com uma abordagem de ensino que visa à integração do conhecimento e à globalização. Queremos formar um cidadão mais apto a compreender os diversos contextos da sociedade contemporânea e a usar seus conhecimentos para melhorar o mundo. O IB tem uma filosofia muito interessante de que a paz se dá, em grande medida, por meio da educação. Isso está muito alinhado aos princípios da educação inaciana”, conta Andrea Rodrigues, Coordenadora do IB Diploma do Colégio São Luís.

O programa do IB será direcionado, inicialmente, aos estudantes do Ensino Médio em 2020. Não obstante, o ensino da língua inglesa como segundo idioma de instrução terá um lugar privilegiado desde a Educação Infantil. A rigor, um estudante deverá chegar à 1.ª série do Ensino Médio em condições de ser aprovado no exame de ingresso do IB e cursar, sem maiores dificuldades de proficiência, as disciplinas lecionadas no idioma.

Tempo integral

A partir de 2020 os alunos do CSL permanecerão na escola por um período de oito a oito horas e meia por dia, de segunda a sexta-feira. “O tempo integral só é eficaz quando colocado a serviço de uma proposta de formação integral. Nessa visão, a escola não é somente um lugar no qual se ensinam conteúdos, mas é também um centro de desenvolvimento da pessoa como um todo”, enfatiza Sônia Magalhães.

Os cursos extras, atividades opcionais realizadas após o período de aulas, serão mantidos com nova grade de oferta, organizada a partir da disponibilidade dos espaços na nova sede.

Nova sede

Para que o processo de renovação em curso possa ser plenamente concretizado, a Companhia de Jesus fez um importante investimento na construção de um novo prédio para o Colégio São Luís. A área de mais de 15 mil m², próxima ao Parque do Ibirapuera, abrigará um projeto arquitetônico alinhado à proposta pedagógica do Projeto Educativo Comum (PEC) da Rede Jesuíta de Educação. O edifício de três pavimentos, concebido para ser um ambiente funcional e agradável, leva em conta a diversidade e flexibilidade dos espaços, o incentivo à aprendizagem individual e coletiva, a horizontalidade, a integração visual dos ambientes, a transparência, a valorização do verde, a sustentabilidade e o conforto acústico e térmico.

A diretora Sônia Magalhães define a nova sede como um “presente para os alunos, suas famílias e para a cidade de São Paulo. Será um lugar para aprender em contato com a natureza, ao ar livre. Nossas crianças e jovens merecem. Para nós, é uma alegria que o Colégio possa proporcionar esse espaço de aprendizagem e convivência”.

*Matéria publicada na 32ª Edição da Revista Pilotis (2019), publicação interna do Colégio São Luís. Quer ler a edição completa? Acesse o Issuu para ler on-line.

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