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Muito trabalho e aprendizado marcam nova gestão do grêmio estudantil

Presidentes da Inclusão e “.Consciência” comentam realizações das chapas e desafios da representação democrática

Formular, debater e votar propostas que atendam ao bem comum, assim como conhecer e atuar dentro dos limites da representação democrática: essas foram apenas algumas das experiências que os alunos da 6ª série do EF II à 3ª série do EM, Representantes de Sala e membros dos grêmios estudantis do Colégio São Luís, puderam vivenciar na prática ao longo deste ano.

Parte do projeto Democracia e Participação, a instituição do Grêmio Estudantil e do Conselho de Representantes tem por objetivo possibilitar a formação e experimentação política dos alunos no ambiente escolar.

Com a iniciativa, o Colégio São Luís também trabalha um ponto central da educação jesuíta: a formação de homens e mulheres para os demais. Por meio do incentivo aos valores comunitários, buscamos desenvolver em nossos alunos habilidades e competências para que sejam líderes no serviço aos outros e exerçam uma influência positiva sobre o meio em que vivem.

Da ideia à ação

Eleitas no começo do ano, as chapas Inclusão (diurno) e “.Consciência” (noturno) tiveram a missão de tirar suas propostas do papel e trabalhar em sintonia com os demais alunos do Conselho de Representantes, formados pelos representantes de classe, e com as diversas instâncias administrativas do Colégio.

Antes de iniciarem os trabalhos, os novos integrantes do sistema de representação estudantil participaram do Encontro para Formação de Lideranças. No evento, assistiram a palestras sobre política, simularam uma Assembleia do Conselho de Representantes e, divididos em secretarias, puderam definir em seus planos de ação para 2018.

Anita Chiaretti, aluna da 1ª série do EM e uma das presidentes da chapa Inclusão, diz que apresentar e defender projetos junto às diretorias de segmento e à direção geral exigiu dos alunos, além de boa argumentação, adaptação da linguagem usada.

“Estamos acostumados a falar de um jeito mais coloquial, então tomei cuidado para não acabar soltando uma gíria”, confessa. Gustavo Carneiro, aluno da 3ª série do EM e presidente da “.Consciência”, também foi cauteloso:  “Conversar com a assembleia é diferente de conversar com os diretores ou com o reitor. Fiquei atento à linguagem para não ser informal demais”.

Outra preocupação foi pensar em propostas que contemplassem os vários interesses dos alunos.

A “.Consciência”, formada apenas por alunos do Ensino Médio noturno, viu na integração da 1ª série com os colegas mais velhos uma frente de trabalho. Por isso, conseguiu que as quadras, antes liberadas apenas duas vezes por semana, ficassem disponíveis todos os dias. Desse modo, a 1ª série, que tem uma grade de aulas maior e fica mais tempo na escola, passou usar as quadras durante o intervalo.

Para a chapa do diurno, no entanto, a tarefa foi mais complicada. A Inclusão representa alunos dos 11 aos 17 anos e precisou encontrar ações que fossem interessantes a todas as idades. A de maior sucesso foi a competição entre torcidas durante a Copa do Mundo, com participação de todas as salas do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio. A 2ª série saiu-se vitoriosa e ganhou como prêmio um dia de lazer na Vila Gonzaga.

(Veja as principais realizações das chapas ao fim da matéria).

Rotina corrida

Apesar da empolgação com a chance de representar e levar adiante as demandas dos colegas, não demorou para que os integrantes das chapas começassem a sentir o peso dessa responsabilidade.

“Combinar os estudos com as tarefas do grêmio não foi fácil. Tivemos de aprender a nos desdobrar para fazer as coisas acontecerem”, conta Gabriela Lopes, aluna da 3ª série do EM e presidente da chapa “.Consciência”.

Além da rotina corrida, os membros do grêmio tiveram de aprender a lidar com frustração de não ver implantadas todas as suas propostas. “No começo foi muito difícil ver projetos nos quais a gente trabalhou tanto não darem certo e ainda sofrer cobrança de alunos que achavam que não tínhamos tentado o suficiente. É chato, dói um pouco, mas a gente se adapta”, diz Anita, da Inclusão.

Lições para a vida

Aumento da autonomia, do senso de responsabilidade, melhor gerenciamento do tempo e desenvolvimento de uma visão do coletivo foram alguns dos pontos citado pelos presidentes das duas chapas como aprendizados obtidos com os grêmios.

Paula Cesarini, aluna da 1ª série do EM e presidente da chapa Inclusão, também diz que estar à frente do grêmio fez com que compreendesse melhor a complexidade envolvida na execução de um projeto. “A gente está acostumado a ver as coisas no Colégio acontecerem como mágica. Uma Festa Junina, por exemplo, simplesmente aparece montada, a gente não sabe dos processos e como são trabalhosos. Essa experiência no Grêmio é muito boa para ver que é preciso trabalhar para conseguir o que se quer, dentro e fora do Colégio. Acho que autonomia é o que as empresas têm pedido cada vez mais dos profissionais”, conclui.

Realizações das chapas

A seguir, as principais propostas colocadas em prática pelas chapas do Ensino Médio diurno e noturno.

Inclusão – Diurno

– Diversificação dos cursos extras, incluindo a modalidade “líderes de torcida”. As alunas participaram tanto da abertura dos Jogos Interamizade quanto dos intervalos de todas as partidas disputadas pelo CSL;

– Telão durante os jogos da Copa do Mundo e competição entre torcidas de todas salas do EF II e EM;

– Mudança do piano do Salão Anchieta, pouco acessado pelos alunos, para a sala da Humanística;

– Campanha para arrecadação de doações para a instituição Somos Todos Heróis.

O trabalho da Inclusão pode ser acompanhado pelo Instagram.

“.Consciência” – Noturno

– Intervalos musicais e de dança;

– Campeonato Interclasses de Futsal e Basquete;

– Competição entre salas para arrecadação de doações para o Arsenal da Esperança, instituição que acolhe homens em situação de rua;

– Participação do Ensino Médio noturno nas Olimpíadas do Conhecimento;

– Liberação diária das quadras durante os intervalos.

 

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