PEC

Projeto Educativo Comum orienta colégios da RJE na implementação de seus currículos

Em 2016, aconteceu o lançamento oficial do Projeto Educativo Comum da Rede Jesuíta de Educação. Assim como o primeiro documento, a edição atualizada do PEC 2021-2025 foi feita por meio de um movimento coletivo, em forma de comitês, comissões e planejamentos. O resultado apresenta novos horizontes pedagógicos, pastorais e administrativos. O documento, que se consolidou em meio às mudanças antropológicas e culturais em curso, é um convite para que todos se engajem na construção e implementação de novas perspectivas, abordado pela novidade, incerteza e complexidade do tempo presente, mas com o olhar esperançoso, voltado para o futuro.

Principais pontos abordados pelo PEC


Trabalho em rede

Constituída em 2014, a Rede Jesuíta de Educação do Brasil zela pela identidade e missão inacianas, além de criar formas de fazer circular boas práticas, pessoas e recursos. Trata-se de um trabalho em andamento, que pode ser percebido em diversos níveis: desde o logo nos materiais de comunicação do Colégio São Luís até as atividades pedagógicas que integram vários colégios, como o concurso de redação, passando por campanhas humanitárias e reuniões de gestores.

Formação Integral

A proposta pedagógica das escolas jesuítas está centrada na formação da pessoa para toda a vida e por inteiro, nas dimensões cognitiva, afetiva, ética, espiritual, comunicativa, estética, corporal e sociopolítica. Proporcionar uma formação integral e integradora resume-se pela missão definida por 5 cês: excelência na educação de pessoas criativas, competentes, conscientes, compassivas e comprometidas.

Currículo

Já está em curso, no Colégio São Luís, a matriz curricular obrigatória que incorpora propostas interdisciplinares, utilizando melhor os espaços, tempos e recursos disponíveis. O currículo revela-se na realidade do cotidiano da escola, na sala de aula e fora dela, nos valores e nas relações que se estabelecem entre os diferentes atores. O principal foco de todo o trabalho desenvolvido é o estudante, sujeito das aprendizagens propostas.

Religião

O colégio é sim um ambiente apostólico, cuja essência é a oferta de uma educação com base em valores religiosos – mas não é uma paróquia. A tradição da Companhia de Jesus ensina que a função da escola é a formação de valores, no caso valores cristãos. Assumimos que somos uma “presença avançada” da Igreja no campo da cultura. A escola – ou a educação formal – é um meio para participarmos da cultura como testemunhas dos valores fundamentais da vida humana.

Educação Inclusiva

A proposta de educação da Companhia de Jesus comunga com a perspectiva da educação inclusiva, visto que sua finalidade é
proporcionar educação integral para todos os estudantes. Portanto, consiste em tornar a educação acessível às pessoas e, com isso, atender às exigências de uma sociedade que vem combatendo preconceitos, discriminações, barreiras entre indivíduos, povos e culturas. Oferece não apenas recursos especializados, mas também um espaço que valoriza a diversidade, no qual se experimentam as vantagens de um ensino e de uma aprendizagem cooperativos, em que todos ajudam e são ajudados.

Relação professor e aluno

Autonomia aos alunos e foco da educação na aprendizagem – objetivos apontados pelo PEC – não significam deslocar a responsabilidade do processo educativo para o estudante. Ao contrário: o professor propõe o caminho, apresenta o mapa e
acompanha os estudantes, indicando critérios para que a apropriação do conhecimento seja feita de maneira significativa e com valor.

Formação na Liderança

Uma obra educativa da Companhia de Jesus tem como um dos seus objetivos a formação de líderes que tenham, na justiça e
no serviço, seus principais compromissos. Projetos integrados entre os diferentes setores ou áreas das Unidades Educativas garantem o protagonismo do estudante e sua representação nas diferentes instâncias da vida e da organização escolar
(representações de turma, grêmios estudantis e colegiados).

Recursos digitais

Novas tecnologias da informação e da comunicação têm estreitado as distâncias, possibilitado a cocriação, apropriação e disseminação de conhecimentos. Há uma necessidade premente de reformular o ambiente escolar e de repensar muitas
das atuais práticas pedagógicas, a fim de rever espaços, recursos e metodologias, para que utilizem as tecnologias digitais para inovação, considerando, conforme o critério que norteia os trabalhos apostólicos da Companhia, a relação entre meios e fins. A meta é que os currículos contemplem ainda mais discussões e o uso fluente dos múltiplos meios tecnológicos na possibilidade de transpor os limites físicos e temporais da sala de aula.