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Programa de prevenção às drogas

Alunos do 6º ano à 3ª série EM participam de palestras que visam favorecer as boas escolhas e potencializar a trajetória de cada indivíduo

Desenvolver estratégias para lidar com variados aspectos da sociedade contemporânea, entre os quais o uso de substâncias psicoativas, é um dos pontos contemplados no Projeto de Vida do Ensino Fundamental, em vista da idade e do amadurecimento socioemocional dos alunos. Foi neste contexto que os estudantes do 9º ano participaram em maio da palestra do jornalista Jorge Tarquini, autor de livros que abordam questões sobre o uso de drogas; as turmas de 7º e 8º anos conversaram com o Dr. Murilo Batisti, psicólogo da USP e presidente do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.

“Ponderar sobre as escolhas que fizemos, fazemos ou faremos é um exercício que exige de nós optar, tanto por aquilo que queremos, como por aquilo que nos forçam a escolher, porque não temos a resistência pessoal e os argumentos necessários para evitar ou refutar”, diz o orientador educacional de 8º e 9º anos Felício José Moreto.

Os personagens perfilados por Tarquini eram adolescentes de classe média alta quando experimentaram drogas pela primeira vez. Mergulharam no vício e tiveram um custo alto pelas escolhas que fizeram. No livro “Vinte mil pedras no caminho”, o jornalista narra a trajetória de Fabian Nacer, que chegou a morar por seis anos na Cracolândia. A garota Bruna Surfistinha, cuja história está escrita em livro “O Doce veneno do Escorpião”, começou a prostituir-se para sustentar seu vício.

Em comum, as drogas constituíram-se para os dois personagens caminhos em que não conseguiam enxergar outra opção. “Por isso a maneira mais honesta que encontrei para falar sobre drogas é falar sobre escolhas”, disse Tarquini aos alunos. “Não vou recorrer à ideia que o álcool e a maconha são degraus para o vício, mas quero fazê-los entender que em cada escolha há um risco que precisamos calcular melhor. E sua consequência pode ir desde voltar para casa bêbado ou ter coma alcóolica até, sim, chegar a usar drogas pesadas”.

Nesse mesmo sentido e no mesmo Projeto de Vida, no dia 17 de maio, os alunos do 7º e 8º anos participaram da palestra com o Dr. Murilo Batisti, psicólogo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínica, na Faculdade de Medicina da USP e presidente do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.

Estudioso do efeito das drogas sintéticas e conhecedor do perfil de seu usuário, ele falou sobre prevenção ao consumo de bebidas alcoólicas, energéticos e outras substâncias. “O objetivo da palestra com alunos foi sensibilizá-los para o desenvolvimento saudável da adolescência, do autoconhecimento, de valores, de vínculos e da percepção de risco associado ao uso de álcool e outras drogas, a fim de prevenir o uso, aumentando a percepção de risco, no que se refere a situações externas e a comportamentos do próprio adolescente que podem acarretar num prejuízo físico, psicológico ou social”, explicou a orientadora educacional de 6º e 7º anos, Mônica Polônio.

No Ensino Médio

Em junho, as turmas de 2ª e 3ª séries do Ensino Médio participaram de um encontro com a psicóloga Heloísa de Souza Dantas, membro da coordenação do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina da USP.

Ela desenvolveu várias dinâmicas em grupo para discutir sobre a problematização da questão do uso de álcool e outras drogas, na dimensão da saúde, dos relacionamentos sociais e familiares, bem como no conhecimento da legislação vigente.

“É importante que o tema seja debatido no ambiente escolar para que seja possível promover um amplo trabalho de educação para prevenir e reduzir os riscos e os problemas decorrentes do uso e comercialização de álcool, fumo e entorpecentes”, diz Ednéia Markevicius, Orientadora Educacional do Ensino Médio.

Os encontros se somaram às atividades do Projeto de Vida realizadas em todos os segmentos, adequadas aos desafios vividos em cada faixa etária na busca de escolhas saudáveis que valorizem a ética, as relações humanas e a saúde. Entre outros temas, o projeto a prevenção ao uso de droga, a prática de bullying e abre as portas para uma conversa futura sobre sexualidade.

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