Notícias

Contribuição feminina para a ciência

Projeto interdisciplinar aborda o papel das mulheres na construção do conhecimento

Marie Curie (1867-1934), considerada “mãe da Física Moderna”, é uma das cientistas femininas mais conhecidas da história. A polonesa ganhou reconhecimento por suas contribuições sobre radioatividade e pela descoberta dos elementos polônio e rádio. Curie foi a primeira mulher a conquistar o Prêmio Nobel e a primeira pessoa a receber o prêmio duas vezes e em áreas diferentes: Física (1903) e Química (1911). Assim como ela, muitas mulheres tiveram papel importante para o avanço da ciência, porém não se tornaram conhecidas.

Com o objetivo de sensibilizar os estudantes acerca do papel da mulher na sociedade, contribuindo para a eliminação de estereótipos, as turmas da 1.ª série do Ensino Médio Noturno participaram, ao longo do ano, do projeto interdisciplinar O Salto da Ciência, que integrou os componentes curriculares de Física, Química e Biologia.

Com o objetivo de sensibilizar os estudantes acerca do papel da mulher na sociedade, contribuindo para a eliminação de estereótipos, as turmas da 1.ª série do Ensino Médio Noturno participaram, ao longo do ano, do projeto interdisciplinar O Salto da Ciência

Nas aulas, os estudantes tiveram momentos de análise, discussão e conscientização sobre o tema. Os alunos buscaram e encontraram notícias que mostraram a participação feminina na ciência. Além disso, eles fizeram pesquisas sobre a contribuição das mulheres na construção do conhecimento ao longo da história. “Eles pesquisaram sobre as mulheres que conquistaram o Prêmio Nobel, a participação e a permanência do sexo feminino nas carreiras científicas, as dificuldades enfrentadas pelos diferentes gêneros na produção científica, durante a pandemia, e o preconceito enfrentado pelas mulheres na produção científica”, conta o Prof. Caio Chaves Barbosa.

Com os resultados, a proposta foi alimentar um mural virtual com todas as informações, textos, notícias e curiosidades envolvendo o tema. Além disso, como produto final, produziram vídeos contando as histórias das cientistas, os contextos sociais em que viveram e elementos das vidas pessoais de cada uma, possíveis preconceitos sofridos e explicação do trabalho desenvolvido. Clique aqui e veja uma das produções.

Para encerrar o projeto, no dia 25 de novembro, aconteceu uma roda de conversa com três cientistas: Esmenia Coelho Rocha, Camila Alves Maia da Silva e Giulia Magalhães Ferreira. Vivenciando momentos distintos da carreira, elas fazem parte da equipe que decodificou, em 48 horas, a amostra do primeiro caso de infecção da Covid-19, na América Latina. No encontro virtual com os estudantes, as cientistas falaram sobre o papel da mulher na produção científica e os desafios enfrentados. Segundo o Prof. Caio, “o evento foi uma oportunidade de os estudantes conhecerem os desafios e a importância de as mulheres atuarem na área científica”.

Conheça o perfil das cientistas convidadas:

Esmenia Coelho Rocha

Esmenia é formada em Ciências Biológicas e aprimoramento em Entomologia. Atualmente, faz treinamento técnico nível 3 (TT3) no projeto CADDE (Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus) e faz mestrado sobre o tema “Hábito alimentar de mosquitos transmissores da Febre Amarela”.

Camila Alves Maia da Silva

É aluna de Biomedicina, na faculdade Anhembi Morumbi. Atualmente, faz iniciação científica no Instituto de Medicina Tropical (projeto CADDE) com o tema “Identificação do alfavírus e flavivírus em mosquitos capturados na cidade de São Paulo”.

Giulia Magalhães Ferreira

Giulia é formada em Biomedicina pela Universidade Federal de Uberlândia. Mestre em Imunologia e Parasitologia. Recentemente, ingressou no doutorado e está realizando projetos na área de Virologia como pesquisadora visitante no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo.