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Reflexões sobre o racismo nas aulas do IB

Por meio da Língua Inglesa, os estudantes se aprofundaram nas tensões sociais provocadas pelo regime do apartheid

Para que serve o conhecimento de uma língua senão para comunicar e mudar o jeito de olhar o mundo a nossa volta? Um novo idioma nos proporciona conhecer a história de um país, a cultura de um povo e diferentes realidades. Nesse contexto, os estudantes da 1ª série do Ensino Médio Integral IB (International Baccalaureate), por meio da Língua Inglesa, vivenciaram uma experiência de imersão em um tema de importante discussão: o racismo.

No projeto, desenvolvido pela professora de Língua Inglesa do IB, Andrea Paulavicius, os alunos leram o livro Jump and Other Stories, de Nadine Gordimer, escritora sul-africana, amiga de Nelson Mandela. Todos os contos do livro têm um cunho de luta contra o apartheid e o racismo e o retrato da dor causada pelas tensões sociais oriundas do regime que durou cerca de 50 anos na África do Sul.

Os alunos selecionaram um dos contos e o relacionaram com alguma obra cinematográfica de livre escolha que também abordasse a questão da discriminação.  Alguns dos filmes escolhidos foram: Estrelas Além do Tempo (2016), O Mordomo da Casa Branca (2013) e Green Book: O Guia (2018).

“É triste ver que o racismo estrutural sempre esteve presente em nossa sociedade, porém é interessante perceber que, com o passar dos anos, a comunidade negra tem tido avanços na luta pelos seus direitos”
Mariana Zake, estudante

Segundo a educadora, “o objetivo do trabalho era sensibilizá-los a respeito do tema, que é atual e importantíssimo em nossa sociedade. O indivíduo que é capaz de entender tal tópico e estabelecer conexões com outras obras de arte, que retratam a mesma temática, tem maior consciência para mudar a realidade em seu entorno”.

A estudante Mariana Zake conta que a atividade a ajudou a refletir sobre a presença do racismo ao longo da história: “É triste ver que o racismo estrutural sempre esteve presente em nossa sociedade, porém é interessante perceber que, com o passar dos anos, a comunidade negra tem tido avanços na luta pelos seus direitos”, afirma.

Atividades como esta educam para a cidadania global e ajudam a formar sujeitos com conhecimento das questões locais e mundiais, que utilizam suas habilidades para encontrar soluções aos desafios da sociedade e para construir um mundo mais justo e humano.

No vídeo da série Culturando no CSL, a estudante Mariana Simão conta mais sobre o livro: