Jogos produzidos pelos estudantes fazem parte da Feira do conhecimento 2021
Que mundo temos e que mundo nós queremos? Como proposta criativa para esse desafio, estudantes dos 9ºs anos puderam escolher entre jogos eletrônicos ou de tabuleiro e praticaram o exercício de pensar em soluções para problemas contemporâneos.
O projeto teve início nas aulas do Laboratório de Resolução de Problemas e de Artes, e no decorrer do processo todas as disciplinas foram envolvidas. Os alunos e alunas, orientados por seus professores, pesquisaram e colocaram em prática a criatividade para a solução de situações que envolvam a saúde, meio ambiente, bem-estar e outros assuntos que são pontuados nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Durante o processo de construção dos jogos, os estudantes participaram de uma palestra com Luís Guilherme Matias, designer do Itaú, representante brasileiro do Education4Justice da Onu e desenvolvedor de jogos de tabuleiro, que apresentou algumas de suas criações, como: “O vilarejo”, “roubo quase perfeito”, “a cabana”, entre outras. Luís Guilherme falou de sua experiência, enfatizou a importância da busca de referências, de anotar novas ideias, de desenvolver um protótipo, testar e validar.
Essa ação serviu de inspiração para que os estudantes desenvolvessem os seus projetos, que estão expostos na feira do conhecimento on-line, promovida pelo CSL. Durante o processo, foram colocadas em prática habilidades como memória, estratégia de raciocínio e rapidez na tomada de decisões, entre outras.
Jogo de tabuleiro
Produzir os jogos “não é um processo fácil”, afirma a aluna Isabela Cristina Glücksman, que desenvolveu, juntamente com Carolina Aymard, Giovanna Telles e Joana de Vasconcelos Leite Groch, o jogo de tabuleiro “Vidas Marinhas”. As cartas em formato de peixes e uma trilha desenhada nos tentáculos de uma água-viva propõe uma jornada educativa com perguntas sobre a vida na água, apontando suas características naturais e principais problemas. A aluna explicou como foi o processo de produção:
“Queríamos envolver e informar mais pessoas sobre o tema. O processo de produção começou com um esboço e uma “tempestade de ideias”. Depois de uma série de testes envolvendo a complexidade do jogo, partimos para a fase final do projeto, na qual aprimoramos o design do nosso produto e fizemos todas as mudanças necessárias! Honestamente, não foi um processo fácil, mas todo o trabalho árduo valeu a pena quando vimos o resultado. Essa experiência foi capaz de mostrar tudo o que conseguimos fazer se trabalharmos em grupo e realmente nos esforçarmos”, disse Isabela.
O resultado também é aspecto de destaque para Leonardo Bernini Vidal, integrante do projeto jogo de tabuleiro “Energia limpa”, do qual também participaram Vinícius Kawai e Gustavo Araújo. A pesquisa foi feita sobre vários tipos de energias que existem no mundo, suas vantagens e desvantagens: “Nós nos inspiramos no jogo “Prison Architect” e nossas fontes de pesquisa foram variadas, como websites e revistas. O processo de criação foi extremamente interessante, principalmente o final, em que conseguimos ver os resultados de nossos esforços”.
Evandro César dos Santos, professor de geografia, explica que grupo elaborou uma proposta para que a energia nuclear seja mais explorada: “Esta energia pode ter um grande potencial dentro da discussão de aquecimento global, já que é uma energia que não gera grande quantidade de gases estufas”, disse.
Paula Galasso, professora de artes, comenta que o trabalho em equipe, tanto entre os estudantes, quanto entre os professores, orientadores e coordenadores, foi um ponto importante do projeto. “Trabalhar com propostas criativas interdisciplinarmente possibilita a vivência de experiências significativas de aprendizagem, bem como o desenvolvimento de competências socioemocionais”.
Esses e outros projetos podem ser conferidos na Feira do Conhecimento 2021. Clique e confira:
CSL – Feira do Conhecimento – Projeto 9º ano – Arte como Respiro