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Semana de Arte Moderna de 1922 é homenageada pelos estudantes do 1º ano do EF I

Inspirada nos artistas modernistas brasileiros, instalação artística reuniu diversos trabalhos autorias e disruptivos das crianças

A Semana de Arte Moderna de 1922 celebra neste ano o seu centenário. Diante disso, de 25 a 29 de abril, os alunos/as do 1º ano do EF I apresentaram o projeto “A Semana de Arte Moderna: Vamos construir desconstruindo”, uma instalação artística que homenageou o movimento modernista brasileiro.  

A Semana de 1922 em sala de aula 

Exaltando a cultura brasileira, a Semana de Arte Moderna foi uma manifestação artístico-cultural que ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo. O movimento reuniu diversas apresentações e inovou o campo da música, do teatro, das artes visuais e da literatura.  

Diante da riqueza cultural e das contribuições do movimento para a cultura brasileira, surge a questão: como falar sobre o modernismo brasileiro com os/as estudantes? Essa foi a missão assumida pela professora de Teatro Tatiana Giudicissi, de Arte Raquel Figueiredo e de Música Juliana Tiete Lira, que realizaram com os/as estudantes do 1º ano o projeto “A Semana de Arte Moderna: Vamos construir desconstruindo”. 

Integrando atividades dos três componentes, o projeto visou comemorar, refletir e repensar de forma lúdica o modernismo brasileiro. A primeira etapa foi conhecer o contexto da época, por meio de fotos do evento. Na sequência, foi a vez de apresentar Tarsila do Amaral, artista escolhida para ser homenageada.  

A professora de Arte Raquel Figueiredo explicou que a escolha de Tarsila se deu por conta de suas pinturas serem muito populares e também pelo conhecimento prévio dos/as alunos/as sobre as obras da pintora. Segundo ela, o objetivo era abordar de forma lúdica e com linguagem simples a história da artista e o que a inspirava. A partir disso, cada professora trabalhou as pinturas de Tarsila de acordo com sua área. 

Teatro 

Nas aulas de teatro, os/as estudantes fizeram uma viagem pela obra “Uma Aventura no mundo de Tarsila” e conheceram personagens como a Cuca Amarela, O Ovo, o Abaporu, entre outras. Com base nas histórias contadas pela professora Tatiana, as crianças deram vida, movimento, gestos e expressões às personagens da pintora.  

Outro aspecto abordado nas aulas foi a liberdade de criação artística. A professora partiu de questões como “existe certo ou errado?” e “se a Semana de Arte Moderna fosse nos dias atuais, o Homem-Aranha poderia fazer parte de uma obra da Tarsila?” 

Arte 

Durante as aulas de Arte, as crianças apreciaram obras da Tarsila, Anita Malfatti e Di Cavalcanti e observaram as diferentes formas de representação dos artistas. “Também fizemos comparações com as pinturas realistas para eles entenderem como os modernistas brasileiros pintavam diferente”, contou Raquel. 

Após essas reflexões, foi a hora de colocar a mão na massa. Cada aluno/a criou um desenho cheio de criatividade, inspirado nas pinturas de Tarsila do Amaral. Depois, a turma escolheu os desenhos que representariam a sala e coletivamente ampliaram as ilustrações, que posteriormente compuseram a instalação no espaço da sala de estudos. 

Música 

No componente da Música, a professora Juliana Tiete Lira apresentou aos/às alunos/as o compositor Heitor Villa-Lobos. Durante o bate-papo, as crianças lembraram de locais em São Paulo que recebem o nome do músico. 

Ao longo da apresentação sobre o compositor, Juliana enfatizou o interesse do músico pelos elementos da natureza e do folclore brasileiro, que estão inseridos em seus arranjos e músicas. Em seguida, os/as estudantes participaram de atividades para reproduzir alguns sons da natureza.  

Para conduzir a dinâmica das aulas, foi utilizada a música “O Trenzinho Caipira”: “Como o trem nos leva para vários lugares, nós “visitamos” algumas paisagens com chuva, sol, pássaros, tempestades, florestas entre outras. Depois, as crianças escolheram quais paisagens queriam sonorizar”, relata Juliana.  

Na sequência, os/as alunos/as assumiram a tarefa de descobrir na escola, ou em casa, possíveis instrumentos e objetos para compor suas trilhas. Com objetos e instrumentos em mãos, as crianças se dividiram em pequenos grupos e produziram o som da paisagem escolhida. 

A Exposição 

Após desenvolverem diversos trabalhos, chegou a hora de montar uma instalação artística homenageando a Semana de Arte Moderna. Mas o que fazer? A decisão veio em conjunto. As crianças perceberam que a natureza estava presente na grande maioria das obras dos artistas modernistas, dessa forma, surgiu a ideia de construir uma floresta mágica. 

Totalmente criada pelas crianças, a instalação contou com árvores malucas, criaturas diversas, pássaros e peixes, além dos sons e elementos da natureza. Construída de forma descontruída pelo olhar moderno das crianças, a exposição manteve a irreverência, humor e visão crítica presente na Semana de 1922. 

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