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Case da cultura digital do Colégio São Luís na Bett Brasil 2022

A tecnologia está totalmente integrada à rotina dos/as estudantes e colaboradores/as 

Em meio à mudança de sede, o CSL reagiu de forma rápida e efetiva aos desafios causados pela pandemia (saiba mais) e avançou em inovação e tecnologia: tornou a comunicação entre os membros da comunidade educativa mais eficiente, fluida, clara e objetiva; facilitou o processo de ensino e aprendizagem; preparou estudantes, pais, mães, responsáveis e colaboradores/as para o uso correto e consciente da internet e dos recursos que a tecnologia oferece. As estratégias adotadas e os resultados conquistados serviram de exemplo e foram apresentados na Bett Brasil 2022, a maior feira de educação e tecnologia da América Latina, realizada no mês de maio. 

Foto: da esquerda para a direita: Paula Marques, Sérgio Lagrotta, Wilson Martins e Fernando Cruz.

Na ocasião, o gerente do Departamento de Tecnologia e Audiovisual (DTA), Wilson Martins Junior, o coordenador do Departamento de Tecnologia Educacional (DTE), Sergio Lagrotta, e a coordenadora da área de Linguagens, Paula Cristina Marques Cardoso, representaram o CSL. O convite para a participação do colégio partiu da Microsoft, uma das patrocinadoras da feira. 

“A educação midiática e tecnológica é urgente. O tempo é agora. É hora de pensar, no entanto, em como todo esse avanço também levará a um avanço da aprendizagem”. Com essas palavras, Wilson Martins começou a apresentação sobre as mudanças no colégio que geraram uma nova cultura digital. Ele ainda destacou que é preciso fazer uma “curadoria responsável, para descartar desinformações, diferenciar fatos de opiniões e compreender o que é ‘compartilhar’”. 

Preparo e visão de futuro 

Wilson e Sergio explicaram que, em 2018, motivados pelo projeto audacioso de renovação pedagógica (“CSL 2020”) e pela mudança da sede da Avenida Paulista – onde estava desde 1918 – para o Ibirapuera, foram desenvolvidos planos que contemplavam a implementação de ferramentas como o Microsoft Teams e o aplicativo “Escola em movimento” (implantado pelo departamento de Comunicação e Marketing), além da aquisição de equipamentos modernos, portadores de tecnologia de ponta, que atendessem toda a comunidade educativa em todos os espaços do colégio. “Foram iniciados e testados equipamentos, recursos, processos e métodos que pudessem ser mais efetivos no desenvolvimento da cultura digital necessária para a operação na nova sede”, explicaram. 

Além disso, novos fluxos comunicacionais foram estabelecidos. Internamente, a comunicação (entre colaboradores/as) foi concentrada na utilização do Teams e, externamente (com as famílias), no uso do aplicativo. Com essas ações, o colégio melhorou a eficiência do atendimento e diminuiu, em aproximadamente 80%, o volume de ligações por telefonia convencional. Uma queda significativa também foi observada no envio e recebimento de e-mails. 

Vale ressaltar que a implementação dessas ferramentas foi projetada de forma a convergir com os planos de desenvolvimento das áreas de tecnologia, que, pensando na mobilidade, previam a disponibilização de um kit (mochila, notebook e fone) para cada colaborador/a do colégio. Esses equipamentos permitiriam o acesso mais ágil à rede e às discussões, assim como garantiriam a integração aos recursos de tecnologia disponíveis nas salas de aula e demais ambientes da nova sede, como os projetores interativos e o sistema de som integrado. Para a boa operacionalização de todos esses novos recursos, foi desenvolvido um cronograma de treinamentos e de capacitações oferecidos pelas áreas de tecnologia – DTA e DTE –, em parceria com consultorias associadas à Microsoft. 

Pandemia: a tecnologia a serviço da educação  

Quando, em 16 de março de 2020, a Secretaria de Educação do Governo do Estado de São Paulo iniciou a adoção de medidas para prevenir e combater a disseminação do coronavírus e anunciou a suspenção das aulas presenciais a partir do dia 23 daquele mês, o Colégio São Luís estava completamente preparado para realizar a transição das aulas presenciais para as aulas remotas por meio das ferramentas implementadas e da cultura que havia sido desenvolvida desde o início do projeto “CSL 2020”. 

“No dia 23 de março, sem perdermos nem um único dia letivo, conseguimos colocar a escola em funcionamento completamente remoto, com alunos e professores interagindo e com as aulas acontecendo por meio do Teams e do app”, disse Wilson. 

As experiências desse período foram registradas no blog “Educação em tempos de Pandemia: o caso do Colégio São Luís durante a crise da covid-19”, que pode ser acessado no seguinte link: ACESSE  

Cultura digital: para cada tempo, um desafio   

Neste ano, os/as estudantes, a partir do Ensino Fundamental II, começaram a utilizar, em sala de aula, os seus computadores pessoais para desenvolver habilidades e competências da cultura digital com autonomia e segurança, aproveitando os diversos recursos digitais que foram adotados como parte do material didático. Para isso, foram incluídos, na lista de materiais, livros, plataformas e softwares para os diferentes componentes curriculares. 

Essa é mais uma das ações voltadas para o desenvolvimento da cultura digital, que pretende que os/as alunos/as compreendam, utilizem e criem tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 

Paralelamente, foi desenvolvida, em parceria com uma consultoria especializada, uma nova programação de encontros, capacitações e treinamentos, desta vez voltada para todos os membros da comunidade escolar, para desenvolver o uso ético, correto e seguro dos recursos agora disponíveis. Neste primeiro semestre, por exemplo, foi realizado o webinário: “Comportamentos digitais e o Ambiente escolar”, com a advogada Karolyne Utomi, especialista em Privacidade, Proteção de Dados Pessoais e Direito Digital. 

“Para o futuro, pretendemos expandir as iniciativas do programa, de forma que a cultura digital seja parte integrante e permanente da cultura da comunidade educativa do Colégio São Luís, de forma natural e orgânica”, explicaram Wilson e Sergio. 

A educação digital 

A coordenadora da área de Linguagens, Paula Cristina Marques Cardoso, afirmou que o Programa de Cultura Digital desenvolvido no CSL está alinhado com o Projeto Educativo Comum (PEC), da Rede Jesuíta de Educação (RJE), e com a Base Nacional Comum Curricular.  

O PEC tem como uma de suas metas que os currículos contemplem ainda mais discussões sobre o tema e o uso fluente dos múltiplos meios tecnológicos para possibilitar a transposição dos limites físicos e temporais da sala de aula. 

Já a BNCC, na competência 5, menciona que é preciso desenvolver habilidades e competências que formem sujeitos críticos e responsáveis quanto ao uso das tecnologias digitais tanto de forma transversal, contemplada nas habilidades específicas de cada componente, quanto de forma direcionada. 

A coordenadora reforçou que a competência digital já é parte da identidade do CSL. “É pela linguagem que representamos nossas ideias, nossos pensamentos, e porque temos essa capacidade de significar precisamos compreender que nada, nenhuma ação, nenhuma palavra, é neutra, vazia de sentido […]. No CSL, o trabalho para o desenvolvimento dessa competência é realizado desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Está na matriz curricular do colégio e, portanto, é marca da nossa identidade a competência digital”.