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Novo Ensino Médio intensifica atividades que cuidam do corpo e da mente

Yoga e atletismo no Colégio São Luís são atividades aplicadas dentro do componente Práticas, Corpo e Mente, que está atrelado ao Projeto de Vida.  

Com a implementação do Novo Ensino Médio, o CSL passou a oferecer um currículo mais alinhado com as demandas atuais da sociedade e, ao mesmo tempo, capaz de continuar a missão de formar alunos/as competentes, criativos/as, conscientes, comprometidos/as e compassivos. Entre as mudanças realizadas, está a inclusão do componente Práticas, Corpo e Mente, que faz parte do Projeto de Vida e trabalha, sobretudo, com o autocuidado e o autoconhecimento.

Nessa proposta, já na 1ª série do Ensino Médio, os/as estudantes vivenciam práticas do yoga e atividades físicas que têm o objetivo de colaborar para o reconhecimento e a valorização da pluralidade humana a partir do corpo, considerando sua constituição, seu funcionamento e suas manifestações. Essas experiências também ajudam na construção de uma personalidade ética e crítica nos diversos contextos sociais.

Yoga

Desde o primeiro semestre, o yoga é oferecido para todos/as os/as alunos/as do Ensino Médio. A professora de Educação Física e especialista no assunto Andrea Cavalcanti Rocha Martins diz que o escopo do yoga é muito grande, por isso existe um planejamento para que os/as estudantes passem por todas as dimensões da prática ao longo do Ensino Médio: do princípio ético à meditação.

Andrea explica ainda que na 1ª série são apresentadas técnicas que levam ao autoconhecimento. Nesse período são trabalhados os princípios éticos, como a verdade, a não violência, o contentamento e a autodisciplina. Na série seguinte, existe um aprofundamento dessas técnicas em direção à consciência corporal, e é nesse momento em que se trabalha a postura. A autonomia é alcançada na etapa posterior, na 3ª série, quando os/as alunos/as passam a desenvolver intensamente a respiração e, através dela, o relaxamento, a atenção, o foco e a concentração que leva à meditação.

De acordo com Andrea, o objetivo é que os/as alunos/as diminuam as agitações da mente para, aos poucos, irem transportando esse conhecimento e essa prática para outros componentes curriculares, bem como para outros âmbitos da vida: “As agitações vêm dos relacionamentos com os outros e com a gente mesmo. Vem do corpo que dói, que lateja e que nos sequestra a atenção; da respiração irregular que também nos sequestra a atenção e não nos permite estar presentes. Quando relaxamos, aprendemos a focar e a estar por inteiro naquele lugar ou situação. Aos poucos, os estudantes estão percebendo a diferença e o impacto que o yoga causa, especialmente na questão do manejo do estresse, pois as técnicas trabalham o autodomínio e a autonomia, colaborando no desafio dos vestibulares e no controle das emoções que surgem na fase da adolescência”.

Atividades físicas

A professora de Educação Física Rita de Cássia Teixeira explica que, para as turmas da 1ª série, as aulas de Educação Física são aplicadas duas vezes por semana, sendo uma fixa e a outra flexível. Na flexível, há um revezamento entre o yoga e outras atividades que trabalham a prática física de modo a levar os/as alunos/as a compreender qual a intenção ou a fundamentação daquela atividade em relação ao seu corpo e à sua mente: “O aluno precisa saber que não é simplesmente pegar uma bola. Tudo tem o seu propósito e tudo leva para o autoconhecimento. Minha proposta é que ele saiba que, para conseguir uma boa performance é preciso um trabalho muscular, um aquecimento, um autocuidado e saber que tudo tem um motivo. A todo momento eles recebem informações importantes que educam e formam”.

Rita reforça a ideia de que, juntamente com o yoga, o componente Prática, Corpo e Mente  proporcione atividades promotoras da compreensão sobre o funcionamento do corpo: o mecanismo, as articulações, o metabolismo etc. Pensando nisso, ela escolheu o atletismo para as suas aulas deste primeiro ano do Novo Ensino Médio: “As modalidades do atletismo exigem muito da capacidade de resistência de cada um. O aluno terá que bater a própria meta, terá que se conhecer para usar a força e vai precisar de foco e tranquilidade para se superar. É nesse processo de autoconhecimento que eles ganham autonomia para a vida”, finalizou Rita.