
Para cada início de leitura, uma aula introdutória para encantar e envolver os alunos em práticas leitoras
As escolhas literárias para a sala de aula fazem parte de um processo vivo e contínuo. Atentas aos lançamentos do mercado editorial, as professoras realizam essas escolhas ao longo do ano todo. “Compartilhamento de leituras, conversas sobre experiências leitoras, visitas às livrarias, encontros com editoras, tudo é considerado, ainda no ano anterior, para que os livros adotados atendam criteriosamente o nosso público-alvo”, explicou a coordenadora da área de Linguagens, Paula Marques.
Com os livros escolhidos, começa o trabalho de encantamento. Antes de iniciar a leitura em sala, os/as estudantes participam de uma aula inaugural, momento em que são introduzidos ao universo da obra que será explorada: “Quem participa de uma inauguração tem altas expectativas. Ao reservar um momento para conhecer algo até então desconhecido, prepara-se para uma jornada, um momento de transformação”, diz Paula.
Ao planejá-las, os/as professores/as pensam em como promover a leitura, como envolver os/as alunos/as em um campo de entrega, de encantamento e, principalmente, de transformação. “Tudo é pensado para esse fim: quem será convidado para essa inauguração, onde será feita e como. Isso porque tudo contribui para tecer os/as estudantes no discurso literário”, reforça a coordenadora de área. O espaço, por exemplo, é mais um dos fatores importantes para inaugurar a leitura de um livro. Biblioteca, pilotis, auditório, arquibancada, sala maker, todos os lugares são pensados e planejados intencionalmente.
No Colégio São Luís, para cada série, em Literatura, são adotados aproximadamente dez livros, que ao longo do ano serão lidos em sala a partir de um cronograma com indicações de páginas para serem lidas em casa. Além disso, os/as estudantes têm a oportunidade de participar de diversas atividades literárias na Biblioteca.
Paula ainda destaca que ler é se deparar com novos mundos, é ser desafiado a entrar em contato com situações que até podem ser desconfortáveis: “Podemos sentir medo, insegurança, alegria. Mas sentimos e é isso que nos humaniza: ter sentimentos e reconhecê-los nos outros mesmo que em páginas ficcionais. Assim, preparar uma inauguração para essa nova viagem é o objetivo dessas aulas preparadas com o coração!”, finaliza.
A cada nova leitura, essas aulas vêm sendo apresentadas e muitas ainda virão ao longo de 2023. Confira alguns exemplos de aulas que foram realizadas no Ensino Fundamental I:
Escureceu, apareceu – 2º ano
A aula inaugural sobre “Escureceu, apareceu”, por exemplo, foi realizada na aula de STEAM. Os/as alunos/as se depararam com um ambiente escuro, onde os animais do livro brilhavam graças à tecnologia e ao trabalho em conjunto das professoras regentes e do professor do componente STEAM.
O fantástico mistério de Feiurinha – 3º ano
A aula inaugural foi realizada na biblioteca com o surgimento da Branca Encantado, sobrenome recebido do Príncipe. Nesse encontro, os/as alunos/as, além de se encantarem com a personagem saída dos livros, puderam fazer uma entrevista com ela a fim de iniciar o desafio de descobrir o paradeiro da Feiurinnha.
Alice no País das Maravilhas em cordel – 4º ano do EF I
O que é Cordel? Para essa compreensão, foi preparada uma aula inaugural na arquibancada, com o professor de música, Fábio Vieira Lucente, que explicou a história do cordel; quais os elementos necessários para a construção: “a métrica, a rima e a oração”. E convidou os/as alunos/as para uma apresentação com muito ritmo e cordel.
O menino no espelho – 5º ano
A aula inaugural trouxe uma reflexão sobre infância e vida adulta a fim de levar os/as alunos/as a pensarem em como serão adultos/as e o que levarão dessa fase tão linda que estão vivenciando. A inauguração contou com a apresentação da coordenadora Paula no auditório, onde projetou fotos da menina que fez dela quem ela é.