Organizada anualmente por alunos/as do EMI e EMN, a SINU desenvolve diversas habilidades, como a capacidade crítica, a argumentação e a autonomia estudantil.
Nos próximos dias 29 e 30 de setembro e 01 de outubro, o Colégio São Luís realizará a 17ª edição da SINU – Simulação das Nações Unidas –, que já se tornou tradicional no calendário da escola e que promete proporcionar aos seus mais de 200 estudantes participantes, do Ensino Médio Integral e Noturno e com participação de estudantes do 9º ano, uma experiência única em diplomacia, liderança e diálogo sobre temas da atualidade.
A participação ativa e responsável dos estudantes é uma das características marcantes da SINU. De forma autônoma, os/as alunos/as da 3ª série do EMI e EMN organizam e conduzem todo o processo, desde a escolha das delegações até a busca de recursos. Essa participação desenvolve neles habilidades de comprometimento, organização e trabalho em equipe.
É importante ressaltar que, embora os/as alunos/as tenham autonomia na organização do projeto, eles/as contam com o acompanhamento e supervisão dos professores de Geografia Thiago Souza Vale (EMI) e Luiz Ricardo Cicarone (EMN). Dessa forma, é possível garantir que o processo ocorra de maneira adequada e segura.
De acordo com Thiago, ao realizar a SINU, o Colégio São Luís exercita em seus/suas alunos/as a consciência dos problemas de nossa “Casa Comum” e gera o debate qualificado sobre a complexidade dos desafios atuais com o propósito de formar cidadãos globais capazes de conhecer diferentes realidades e avaliá-las criticamente.
“(…) o verdadeiro poder da SINU está na força de romper com a alienação que fragiliza os países, conseguindo identificar não apenas o que os separa, mas também o que os une.”
Thiago Souza Vale,
professor de geografia do ensino médio.
“Os sinuzeiros do CSL mostram que é possível qualificar o currículo prescrito ampliando a criticidade ao construir um currículo baseado em temas que emergem da realidade. Eles buscam mudanças e transformações profundas dos problemas globais por meio do diálogo. Assim, o verdadeiro poder da SINU está na força de romper com a alienação que fragiliza os países, conseguindo identificar não apenas o que os separa, mas também o que os une”, concluiu Thiago.
Comitês e secretarias
Assim como em outras edições, a seleção dos comitês foi feita de forma democrática, em um processo colaborativo entre os/as alunos/as. Cada um dos/as diretores/as expressou suas preferências pelos comitês, que incluem o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Conselho de Segurança Histórico (CSH), o Conselho de Direitos Humanos (CDH), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres (UNIFEM), o Tribunal Penal Internacional (TPI) e o Comitê de Imprensa (CI).
Por meio de conversas e debates, os/as diretores/as chegaram a um consenso sobre a alocação de cada um. Em alguns casos, quando não foi possível chegar a um acordo, realizou-se uma votação entre os/as diretores/as.
Além dos comitês, também foram eleitas as secretarias, que desempenharão um papel fundamental durante o evento, conforme explicou o aluno Felipe Yuji Komatsu, secretário financeiro nessa edição: “A eleição aconteceu por meio de uma votação online, que garantiu a representatividade e diversidade nas secretarias. Para facilitar a comunicação e a troca de informações, foram criados grupos de WhatsApp entre as diretorias dos comitês e as secretarias”, disse.
E por falar em comunicação, durante os três dias, todos os registros, conteúdos e publicações nas redes sociais do colégio e da SINU serão produzidos pelos membros do Comitê de Imprensa (CI) e da Secretaria Criativa: “Temos o papel de informar, por meio de notícias, fotos e charges, o que será debatido neste período. Acredito que os diretores, secretários e participantes no geral estão muito ansiosos e com altas expectativas para a XVII SINU”, disse, Giulia Gomes Kraft, membro do CI.
Organização e Empreendedorismo
Na perspectiva de empreendedorismo aplicada na SINU, os/as alunos/as são incentivados a buscar recursos para custear o evento. Essa abordagem está em conformidade com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que busca desenvolver competências empreendedoras nos/as estudantes, como criatividade, liderança, resiliência e outros aspectos relacionados ao mundo dos negócios. Diante disso, a equipe financeira decidiu buscar patrocinadores e apoiadores, primeiramente, com aqueles que já haviam apoiado a SINU em edições anteriores. Alguns mantiveram a parceria, enquanto outros não puderam participar desta vez. Para ampliar as possibilidades, os/as alunos/as também recorreram a colegas que tinham pais trabalhando em empresas relacionadas ao evento, solicitando indicação de contatos.
Para facilitar o processo de comunicação com os possíveis patrocinadores, os/as estudantes elaboraram um documento completo, contendo informações sobre a SINU e dados importantes para despertar o interesse pela compra de cotas de patrocínio.
Ao todo foram conquistados sete patrocinadores e três apoiadores. Todo o dinheiro arrecadado é investido na compra de brindes, como camisetas e cadernos da SINU, além de elementos de infraestrutura que envolve atividade, como banners dos comitês e plaquinhas para as delegações, lanches, equipamentos, entre outros.
Mais que uma simulação de organizações internacionais, a SINU é uma oportunidade para que os/as estudantes desenvolvam habilidades de comunicação, negociação, liderança e trabalho em equipe. É um evento que valoriza e incentiva o diálogo, a paz e a convivência, formando jovens líderes conscientes do papel que podem desempenhar no futuro.