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De hortas a projetos antirracistas: como os valores inacianos estão presentes nos projetos educacionais



Uma jornada pela multiculturalidade, tolerância e cultura antirracista

Em meio as iniciativas que celebram a diversidade étnico-racial e cultural e consolidam práticas antirracistas, o CSL reafirma seu compromisso com a formação integral de seus/as alunos/as e busca formar cidadãos conscientes, competentes, compassivos e comprometidos. Nas aulas de História e Geografia, no âmbito das Ciências Humanas, o colégio trabalha com os/as estudantes, de todos os segmentos, valores como multiculturalidade, tolerância, inclusão e práticas antirracistas.

É importante ressaltar que, em 2020, o colégio adotou o compromisso de se tornar uma instituição antirracista, assumindo uma postura ativa em relação à luta contra o racismo e promovendo ações e uma reflexão profunda sobre essas questões. Diante disso, o trabalho realizado nessa área busca colocar em prática a segunda preferência apostólica da Companhia de Jesus, que é “caminhar com os pobres, os excluídos pelo mundo e os marginalizados em sua dignidade, numa missão de reconciliação e justiça”. Cabe destacar que as Preferências Apostólicas Universais são as diretrizes que orientam a missão da Companhia de Jesus, servindo como horizonte para as ações e projetos desenvolvidos.

E por falar em projetos, serão apresentados a seguir alguns exemplos das iniciativas realizadas ao longo do ano de 2023. Embora o tema seja abordado em todas as séries, serão destacados apenas alguns projetos para ilustrar a forma ampla e transversal como são trabalhadas essas questões no colégio. Vale ressaltar que alguns desses projetos já foram finalizados, enquanto outros estão em fase de conclusão e serão apresentados na Mostra do Conhecimento, que ocorrerá em novembro.

 Pequenos Gestos, Grandes Lições – Pré I

No Pré I, o projeto de série (AV2) tem como objetivo principal a produção de alimentos orgânicos, ao mesmo tempo em que aborda a temática da fome zero e da agricultura sustentável, presente no segundo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 2) da agenda 2030 da UNESCO. Para isso, os alunos do colégio estão envolvidos na produção de uma horta, cuja colheita será doada ao Arsenal da Esperança. Embora a produção seja simbólica, levando em consideração o tamanho da escola e a atividade pedagógica dos alunos, a doação carrega um significado importante de fraternidade, oferecendo uma proposta inclusiva que vai além do assistencialismo.

Celebrando as brincadeiras e a Cultura Afro-Brasileira – 1º ano

As atividades do 1º ano são um passeio pelas ricas tradições culturais, com destaque para as referências da cultura indígena e afro-brasileiras.  A proposta tinha como objetivo promover a diversidade cultural, a tolerância e o respeito por outras práticas culturais.

Uma das atividades realizadas foi uma roda de capoeira, uma brincadeira que combina luta, dança e ritmo, e que envolveu todos os alunos em uma vivência multicultural, uma vez que a capoeira é uma expressão da cultura afro-brasileira. Outra atividade importante foi a encenação da história da boneca Abayomi, feita pelos alunos do Ensino Médio (Integral e Noturno), voluntários do coletivo Griô. A história contava que a boneca foi criada durante a época da escravidão, por mulheres negras que utilizavam pedaços de suas saias para confeccioná-las. Essas bonecas tinham o objetivo de acalmar e trazer alegria para as crianças.

Após a apresentação, na aula de STEAM, os alunos do 1º ano foram convidados a criarem na sala Maker suas próprias bonecas Abayomi. Essa atividade passa pelo eixo do brincar, conciliando perspectiva de intolerância e de práticas antirrascistas, inseridos dentro do conceito de STEAM e dentro também da perspectiva de História e Geografia”.

Empatia e integração – 3º ano

No 3º ano, um dos livros adotados foi “O Caminho da Escola”, que conta a história de uma família em busca de segurança e que enfrenta uma jornada migratória. O objetivo do projeto do 3º ano é conscientizar os alunos sobre o direito de migrar e promover a tolerância e a multiculturalidade.

Para enriquecer o tema, foram convidados colaboradores do colégio que passaram por processos migratórios. Primeiramente, os alunos receberam colaboradores do colégio que nasceram no Haiti e na Guiné-Bissau e migraram para São Paulo. Por meio de suas histórias e tradições culturais, eles compartilharam suas experiências com os alunos.

Além disso, também foram convidados migrantes – colaboradores que chegaram de outros estados, como Goiânia, Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná –, para visitarem as salas de aula e compartilharem suas vivências. Dessa forma, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer diferentes manifestações culturais e compreender que a cidade de São Paulo é composta de uma rica diversidade cultural e que deve ser valorizada.

Educação Inclusiva – 5º ano

Como a primeira etapa do projeto de série (AV2), os alunos iniciaram sua investigação sobre como promover uma educação de qualidade (ODS 2) e inclusiva para todos em São Paulo, identificando aspectos positivos e áreas de melhoria em seu próprio colégio. Em seguida, pesquisaram sobre escolas e experiências educacionais inovadoras para embasar suas propostas de ação futura.

Para ampliar seus conhecimentos, visitaram organizações educacionais em outras localidades, como o Centro de Educação Popular Santa Joana de Lestonnac (CEJOLE), em Diadema, e a unidade Grajaú da Fundação Fé e Alegria. Nessas visitas, ofereceram oficinas de jogos cooperativos e tiveram a oportunidade de conversar com os alunos e compreender a finalidade dessas instituições.

De acordo com o coordenador da área de Ciências Humanas, Max Filipe Nigro Rocha, essas experiências diversificadas permitiram que os estudantes se apropriem de elementos para elaborar um projeto de lei voltado à melhoria da educação e que será encaminhado ao Grêmio Estudantil do CSL. O objetivo é promover uma educação de qualidade e inclusiva para todos.

Uma jornada antirracista – 8º ano

O projeto de série (AV2) do 8º ano teve como objetivo promover práticas antirracistas para construir uma sociedade mais justa conforme prega o ODS 10 – Redução das desigualdades. Para isso, foram realizadas várias atividades, incluindo um Estudo de Campo em Salvador, em que os estudantes puderam vivenciar a multiculturalidade brasileira e refletir sobre quem somos como sociedade.

Além disso, os alunos que permaneceram em São Paulo visitaram o Museu Afro, que abriga um acervo rico sobre a cultura africana e afro-brasileira, explorando a influência dessas culturas na construção do país. Eles também assistiram ao documentário “AmarElo – é tudo pra ontem”, que celebra a cultura negra brasileira.

Outro destaque do projeto foi a segunda edição do evento Cultura de Paz e Imigração, que buscou promover a reflexão sobre uma sociedade mais acolhedora e solidária para imigrantes. Os alunos tiveram a oportunidade de interagir com imigrantes colombianos, sul-africanos, congoleses, sul-sudaneses, angolanos, sírios e palestinos em diversas atividades, como oficinas culinárias, artísticas e culturais.

Após todas essas atividades, os alunos apresentarão um trabalho final, respondendo à pergunta central do projeto: “Como podemos promover práticas antirracistas para construir uma sociedade mais justa?”

CONFIRA AS FOTOS NAS GALERIAS:

PRÉ I:

1º ANO:

3º ANO:

5º ANO:

8º ANO: