Estudantes de 3ª série do Ensino Médio viajam a Cordisburgo (MG), terra natal do escritor
“Pequenina terra sertaneja, trás montanhas, no meio de Minas Gerais. Só quase lugar, mas de repente bonito”
Com essa frase singela, Guimarães Rosa descreveu sua cidade natal no discurso de posse na Academia Brasileira de Letras. Isso aconteceu dia 16 de novembro de 1967. Três dias depois, o escritor inesperadamente morreu.
Essa é apenas uma das curiosidades a respeito de Guimarães Rosa que os alunos ficaram sabendo no estudo do meio a Cordisburgo, em Minas Gerais. A proposta da viagem foi possibilitar o estudo a este importante escritor brasileiro, cujas obras sempre caem no vestibular – a lista de 2016 inclui o livro Sagarana.
Acompanhados de um grupo de teatro em que um dos membros era um violeiro, os estudantes saíram para cinco caminhadas “ecoliterárias”. A vista das serras, as trilhas no mato, o povoado de São Tomé e a beira do Córrego da Fome serviram como cenário para as narrações e apresentações musicais alusivas a obras roseanas como Grande Sertão: Veredas, Corpo de Baile, Noites do Sertão, Primeiras Estórias.
Além disso, os alunos visitaram a Gruta de Maquiné, considerada o berço da paleontologia brasileira por ter servido de abrigo para homens pré-históricos e animais. Dessa forma, a viagem propiciou um encontro interdisciplinar e, claro, bons momentos de convivência entre si e com a natureza.