Educador da Humanística participa de Festival Internacional de Línguas e Culturas
No fim de abril, a ONU cedeu seu mais nobre espaço, onde ocorrem as plenárias com os chefes de estado, para um show de talentos em que jovens apresentaram um pouco da cultura de seus países, o Festival Internacional de Línguas e Culturas. O privilégio foi concedido aos grupos participantes, oriundos de algumas das mais de 1.400 escolas e centros culturais espalhados pelo mundo, porque eles são ligados ao movimento Hizmet.
Iniciado pelo líder turco Fethullah Gülen, o Hizmet faz uma interpretação progressista e pacifista do islamismo. “Guardadas muitas diferenças, uma comparação é inevitável: tanto para o Hizmet como para os jesuítas, a opção de ação política deu-se pela educação”, comenta o coordenador socioambiental da Humanística Rafael Araújo. Sociólogo e professor da pós-graduação da PUC-SP, Rafael foi convidado a assistir ao festival nos Estados Unidos, que teve uma apresentação na sede da ONU, em Nova York, e outra em Washington, com direito ao ator Andy Garcia na função de apresentador e discursos do presidente Obama e do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon transmitidos pelo telão.
(Rafael Araújo, o primeiro à esquerda, e a comitiva que viajou aos EUA)
A agenda da comitiva brasileira – composta por um ex-embaixador, um jornalista e três professores universitários, além dos representantes do Conselho Cultural Brasil Turquia – previu encontros e visitas a institutos de política com atuação tanto nos Estados Unidos como no mundo islâmico. O grande momento, que não estava marcado e aconteceu num golpe de sorte, foi a oportunidade de Rafael e seus companheiros de viagem conhecerem Fethullah Güllen. “Tivemos 15 minutos e fizemos apenas uma pergunta, acordada pelo grupo: Se pela etimologia islã significa paz, por que o Islã tem servido com tanta frequência de justificativa para a violência e o autoritarismo?”. A resposta foi relatada pelo jornalista Lourival Sant’Anna e pode ser conferida neste link.