Campanha das escolas jesuítas da FLACSI, entre 2011 e 2016, aumenta a consciência de corresponsabilidade a partir da fé.
Após o terremoto em 2010, o Haiti atraiu a atenção das mídias e organizações internacionais que enviaram ajuda e fundos. Passada a situação de emergência, o fluxo de cooperação minguou e surgiu a necessidade de se encontrar novas formas de manter o trabalho humanitário.
A Companhia de Jesus, por meio da rede Fé e Alegria, mantinha então 14 escolas ou creches em cinco regiões rurais e urbanas do Haiti onde a pobreza extrema era comum. Para reconstruí-las e prosseguir com a missão de dar acesso à educação, contou com o envolvimento de 19 colégios jesuítas latino-americanos que pertencem à FLACSI, entre os quais o São Luís.
Evocando a missão educativa das escolas, foi lançada a campanha “Inacianos pelo Haiti”, tendo os estudantes como os principais protagonistas das experiências promovidas. A campanha alimentou a consciência de corresponsabilidade a partir da fé, do amor e do senso de justiça, colaborando para o objetivo de formar cidadãos globais nas escolas particulares, assim como nos centros beneficiados pela ajuda.
Nos três primeiros anos, eles se engajaram no convite da comunidade a participar da arrecadação de “Um dólar pelo Haiti”. Os recursos destinaram-se prioritariamente ao pagamento dos professores. Depois veio o lema “Uma Pom Pou My Profe” (uma maçã para meu professor), uma construção multilinguística que reflete a diversidade cultural do continente e buscou a empatia e a solidariedade para com os professores e colegas haitianos. Os recursos, que continuaram a ser enviados pela FLACSI, passaram também a ser investidos na formação pedagógica.
Em 2016, ano de encerramento da campanha, uma dupla de alunos por escola foi convidada a atuar como embaixadora do “Inacianos pelo Haiti”. Eles produziram pequenos filmes e campanhas, visando gerar interação e diálogo em torno do tema, mostrando a força de uma atuação conjunta. “Saber que participamos desta corrente de solidariedade é realmente gratificante e com certeza levaremos essa experiência para o resto de nossas vidas”, disse a estudante Manuela Inati, do Colégio São Luís.