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Estudante do Colégio São Luís concorre a Jovem Parlamentar da Cidade de São Paulo


A proposta da aluna Beatriz Marzullo beneficia animais em situação de rua.

No último dia 11, o Colégio São Luís inscreveu o projeto da aluna do 9º ano Beatriz Marzullo na Câmara Municipal de São Paulo. Com uma proposta voltada  para o cuidado com animais em situação de rua, a estudante concorre ao Prêmio Parlamento Jovem Paulistano 2022, que oferece aos/às ganhadores/as um mandato de 12 meses como Jovem Vereador e o exercício, por um dia, da rotina de trabalho do Poder Legislativo Municipal. O objetivo do Prêmio é fornecer aos/às estudantes do Ensino Fundamental II uma lição prática de cidadania e democracia.

A orientadora pedagógica do 9º ano, Janaina Gallo Costa, explicou que os projetos para o município de São Paulo foram elaborados por todos/as os/as alunos/as do 8º e do 9º ano durante as aulas de História e Geografia. Entre tantos projetos, nove foram pré-selecionados e a maioria apresentou ideias voltadas para a área estudantil, com temas como: “Tratamento psicológico para alunos”; “Obrigatoriedade de cursos de primeiros socorros nas escolas do município”; “Disciplina de saúde mental nas escolas” e “Abatimento de impostos para estudantes do FIES”. Sobre outras áreas foram elaborados projetos para “Instalação de câmeras nos uniformes da GCM”, “Funcionamento 24h por dia dos Centros de Acolhida”, além da proposta eleita, que tem um olhar voltado para os animais de rua.

Este é o segundo ano em que o Colégio São Luís participa do Programa Parlamento Jovem Paulistano. Em 2021, o estudante José Henrique Mannis, então aluno do 9º ano, foi eleito como jovem parlamentar da cidade de São Paulo ao propor a organização de um campeonato esportivo entre as escolas privadas e públicas do município.

Política e democracia dentro do CSL 

Apesar dos projetos serem elaborados por alunos/as do 8º e do 9º ano, o trabalho de Beatriz foi escolhido de forma democrática: uma votação interna  realizada com todos/as os/as estudantes do Ensino Fundamental II.

No colégio, os/as estudantes começam a pensar sobre representação política e sobre como defender projetos de melhoria social, visando o bem comum e uma sociedade mais justa e igualitária, já no 4º ano do Ensino Fundamental I. Na série seguinte, elaboram um projeto de lei que reproduz a dinâmica do Parlamento Jovem Paulistano. Nesse caso, eles/as pensam em assuntos internos do CSL e sugerem leis que gostariam de propor para o Grêmio Estudantil a fim de colaborar com um ambiente mais saudável.

De acordo com o coordenador da área de Ciência Humanas, Max Filipe Nigro Rocha, a ideia é que os/as alunos/as cheguem ao Ensino Fundamental II com um programa de governo, pois é nessa fase que podem se candidatar ao Grêmio e começam a reconhecer a importância da participação política e da atuação democrática dentro do colégio. Além disso, é nesse momento da formação que eles/as são convidados/as a pensar em uma dinâmica mais ampla, que ultrapassa as questões internas e envolve toda a cidade: “É a partir do 6º ano que eles começam a pensar em como poderiam representar os ensejos populares por meio da representação política”.

Quando chegam ao Ensino Médio, os professores das Ciências Humanas – História, Geografia, Filosofia e Sociologia – ampliam essa discussão para um âmbito nacional e internacional, seja pela realização de oficinas internas de debate, por meio da Simulação Interna das Nações Unidas (SINU) ou por meio do Fórum FAAP, uma simulação externa que também segue o modelo da ONU. “A intenção é que em breve, quando forem abertas as inscrições, os nossos jovens disputem o Parlamento Jovem Brasileiro, uma disputa similar ao Paulistano, só que mais ampla e com a participação do Ensino Médio”.