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Desafios do educar e aprender no século XXI

Seminário CSL de Práticas Educativas abre espaço para trocas de experiências e pesquisas nas diferentes áreas da educação

Nos dias 21 e 22 de setembro, o Colégio São Luís promoveu a segunda edição do Seminário CSL de Práticas Educativas. Com a participação de mais de 70 escolas e universidades, particulares e públicas, o evento proporcionou um espaço de aprendizagem e crescimento coletivo entre educadores, pesquisadores e estudantes da área educacional, com trocas de experiências bem-sucedidas que respondem de maneira eficaz aos problemas vividos no cotidiano escolar, bem como de pesquisas nas diferentes áreas da educação.

Desafios do educar e aprender no século XXI foi o tema principal deste ano. O Seminário integra o processo de inovação pedagógica em curso no Colégio São Luís nos últimos dois anos, a partir do Projeto Educativo Comum da Rede Jesuíta de Educação. Esse documento orienta os colégios jesuítas no Brasil para um caminho de renovação e inovação de suas práticas para dialogar com as demandas dos estudantes e do mundo contemporâneo.

Abertura e Lançamento do livro Práticas que Constroem Futuros

O evento iniciou com uma fala de boas-vindas do reitor do Colégio São Luís, Padre Carlos Contieri. Prof.ª Sônia Magalhães, diretora-geral e acadêmica do Colégio São Luís, recebeu os palestrantes convidados, Prof.ª Olga Léon Miranda e Prof. Marcelo Ganzela, e destacou o encontro como um momento de aprender com o outro e ter um olhar curioso sobre as práticas, ajudando-se mutualmente com o objetivo de melhorar a qualidade da educação do país. Ressaltou também que o evento é um espaço para refletir sobre como as escolas podem voltar a ser um lugar de cultura. Instituições de ouvidos, portas e janelas abertas em que o gosto por aprender está sempre presente nas crianças e nos jovens.

Prof. Marcelo Ganzela, coordenador do curso de Licenciatura em Letras do Instituto Singularidades, discorreu sobre algumas estratégias didáticas como caminho para a implementação da Base Nacional Comum Curricular, cujos alicerces são o aprendizado de competências e habilidades e não simplesmente o acúmulo de conhecimentos.

Ampliando a reflexão, Prof.ª Olga León Miranda, coordenadora acadêmica do Colégio Liceo Javier, da Guatemala, falou sobre a importância de interpretar o currículo como um sistema, no qual cada componente deve ter uma relação próxima com os demais, considerando o contexto e o diálogo com cada geração. Olga destacou que o aprendizado deve fazer sentido aos estudantes, e a educação por experiência é fundamental para que os estudantes participem ativamente e desenvolvam habilidades de pensamento e competências fundamentais para toda a vida.

Após as palestras de abertura, durante o coquetel houve o lançamento do livro Práticas que Constroem Futuros, que reúne as experiências apresentadas no Seminário + 150 anos Inventando Futurosrealizado pelo Colégio São Luís em 2017.

Apresentação de práticas e oficinas

No segundo dia, o evento seguiu com as apresentações de práticas em pequenos grupos. Como um espaço para trocar experiências e estudos, foram 34 trabalhos apresentados em mesas temáticas sobre: diálogos entre componentes curriculares e o uso de diferentes linguagens como recursos pedagógicos; desafios do “ensinar e aprender fazendo”; desafios e estratégias da prática docente; e reflexões sobre e para trabalhar a diversidade em sala de aula e possibilidades e experiências com metodologias ativas nos anos iniciais.

As reflexões buscaram contribuir com o debate acadêmico e com o diálogo pedagógico, que acontecem, respectivamente, nas universidades e nas escolas de Educação Básica, aproximando tais universos de produção de conhecimento. A proposta é que os grupos temáticos continuem os estudos juntos após o evento, assim como nas próximas edições do Seminário.

No período da tarde, profissionais convidados ofereceram oficinas sobre fotografia na documentação pedagógica, ensino híbrido, metodologia de projetos e proposta pedagógica do Projeto Âncora.

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